Era uma noite de sábado, 31 de maio de 2025. O céu sobre Munique parecia em festa, iluminado pelas luzes da Allianz Arena, que fervilhava em expectativa. A cidade alemã se tornou, mais uma vez, o centro do universo do futebol. Em campo, dois gigantes europeus: Paris Saint-Germain e Internazionale de Milão. De um lado, a obsessão histórica por conquistar a Europa. Do outro, a tradição e o desejo de reviver os dias de glória. O que se seguiu foi mais do que uma final entre o PSG e Inter. Foi um espetáculo, que final meus amigos, que final
O Caminho até a Glória
Antes de mergulharmos na eletricidade dos 90 minutos decisivos, vale recordar que essa caminhada foi tudo, menos tranquila. O PSG, que vinha sendo alvo de críticas e dúvidas após a saída de estrelas como Mbappé e Neymar, reconstruiu-se. Sob o comando sereno e cerebral de Luis Enrique, a equipe apostou em uma fórmula menos midiática e mais coletiva.
Com jovens talentos emergindo, como Désiré Doué e Senny Mayulu, e contratações inteligentes como Kvaratskhelia, o PSG mostrou em campo que não precisava mais depender de nomes reluzentes — o brilho viria do futebol jogado. Na fase de grupos, passou com autoridade. Nas oitavas, eliminou o Arsenal. Nas quartas, superou o Atlético de Madrid. E na semifinal, despachou ninguém menos que o Bayern de Munique.
A Inter também não chegou por acaso. Com um sistema tático bem estruturado e liderada por Nicolò Barella e Lautaro Martínez, os italianos bateram o Barcelona nas semis, o que por si só já seria uma façanha digna de nota. Mas, como diz o ditado, a final é uma história à parte — e que história foi essa.
O Jogo: Um Roteiro Inesperado
Logo nos primeiros minutos, ficou claro que o PSG havia entrado com sede de título. Pressão alta, toques rápidos e verticalidade. Aos 12 minutos, Hakimi, o ex-Interista, apareceu como um foguete pela direita e, após uma tabela perfeita, abriu o placar com um chute cruzado.
A Inter tentou responder, mas parecia desorientada diante da intensidade parisiense. E então, como um relâmpago, surgiu Désiré Doué. O jovem francês, de apenas 19 anos, mostrou por que é considerado uma joia rara do futebol europeu. Aos 28, ele invadiu a área, driblou dois defensores e marcou um golaço. A torcida do PSG, que antes tinha esperança, agora começava a acreditar.
O segundo tempo começou e a avalanche não parou. Kvaratskhelia, com seu estilo imprevisível e habilidade desconcertante, ampliou para 3 a 0. A Inter, atônita, mal conseguia sair do próprio campo. O quarto veio em seguida: Doué, novamente ele, num chute de fora da área que tocou na trave antes de morrer no fundo do gol. Um verdadeiro recital.
Como se não bastasse, Senny Mayulu, outro jovem talento formado em casa, aproveitou um rebote e fechou a conta: 5 a 0. Foi a maior goleada da história em uma final de Champions. E o PSG não apenas venceu — ele encantou.
Transição de Eras
É impossível olhar para essa conquista sem refletir sobre o que ela representa. O PSG passou anos sendo motivo de piada entre os torcedores rivais. Ganhava todos os títulos nacionais, mas fraquejava quando a pressão europeia batia à porta. Investiu bilhões, contratou galácticos, virou meme com viradas históricas sofridas. Mas agora, o roteiro mudou.
O título de 2025 não foi conquistado à base de nomes midiáticos, mas de um trabalho bem feito. Luis Enrique mostrou que paciência, planejamento e aposta em talentos da base ainda podem dar frutos mesmo no futebol moderno. Essa vitória foi, também, um manifesto contra a lógica do imediatismo.
O Legado E Agora?
Com esse título, o PSG entra para o seleto grupo de campeões europeus. Mais do que isso: deixa de ser um “novo rico” à margem da elite e passa a ser respeitado como protagonista. O triplete conquistado (Champions, Ligue 1 e Copa da França) sela uma temporada mágica e eleva o moral do clube às alturas.
A Inter, por sua vez, sai com a cabeça erguida. Chegar à final é uma façanha por si só. Mas, sem dúvidas, a noite foi do PSG — e, principalmente, dos jovens que, em vez de serem promessa, se tornaram realidade diante do mundo.
Uma Final para Nunca Esquecer
A final da Champions League de 2025 ficará eternamente na memória dos fãs. Não apenas pelos cinco gols ou pela atuação impecável do PSG, mas pela mensagem que ela passa: o futebol ainda pode surpreender. Ainda pode emocionar. Ainda pode premiar o coletivo, a coragem e o talento genuíno.
Em uma noite mágica em Munique, o Paris Saint-Germain deixou de ser uma eterna promessa e se tornou, enfim, realidade. Campeão da Europa. Com autoridade, com brilho e com uma nova identidade. Que venham os próximos capítulos — porque esse time promete muito mais.