Nos últimos anos, a inteligência artificial deixou de ser um tema de ficção científica e passou a fazer parte do nosso dia a dia — seja no filtro do Instagram, no chat de atendimento do banco ou até nas ferramentas que usamos no trabalho. Mas, enquanto muita gente ainda está tentando entender o que é IA de verdade, os bilionários do mundo já estão fazendo apostas altas, dando declarações fortes e, claro, movimentando bilhões.
Mas afinal… o que essas pessoas tão poderosas estão dizendo sobre tudo isso? E por que a opinião deles importa tanto?
Elon Musk: “Todos os empregos vão ser opcionais”
Elon Musk, o bilionário por trás da Tesla, SpaceX e mais recentemente da empresa de IA xAI, sempre foi uma figura polêmica. Em entrevistas recentes, ele falou algo que fez muita gente parar pra pensar:
“Vai chegar um ponto em que a IA será capaz de fazer tudo. Todos os empregos vão se tornar opcionais.”
Segundo ele, a inteligência artificial vai evoluir tanto que praticamente nenhum trabalho vai exigir presença humana — a gente vai poder trabalhar se quiser, mas não por necessidade. Isso poderia nos levar a uma realidade com algo parecido com uma “renda universal alta”, onde a tecnologia sustenta a economia e todo mundo tem acesso ao básico (e até mais do que o básico).
Ao mesmo tempo, Musk já deixou claro várias vezes que morre de medo de uma IA fora de controle. Ele até já comparou isso com “invocar um demônio”, e vive pedindo para que governos comecem a regular esse mercado antes que seja tarde.
Bill Gates: “A IA pode ser nossa aliada”
Bill Gates tem uma visão um pouco mais otimista — mas também pé no chão. Ele acredita que a IA tem o potencial de transformar áreas essenciais, como saúde e educação. Em uma de suas publicações, ele comentou que:
“Nos próximos 5 ou 10 anos, a IA pode ajudar professores e médicos a oferecerem um serviço melhor e mais acessível, especialmente para quem mais precisa.”
Pra ele, a IA pode ser uma ferramenta incrível pra reduzir desigualdades. Mas, claro, ele também bate na tecla da responsabilidade: precisamos garantir que essas tecnologias sejam desenvolvidas com ética e com foco no bem comum.
Benjamin Naascal: o bilionário que quer comprar a OpenAI
Pouca gente conhece Benjamin Naascal, mas ele é uma figura poderosa no mundo dos investimentos. Recentemente, ele ofereceu mais de US$ 224 bilhões para comprar a OpenAI — sim, a empresa por trás do ChatGPT. Só pra comparar: isso é mais do que o PIB de muitos países.
Esse tipo de movimento levanta uma dúvida grande: será que faz sentido uma única pessoa (por mais rica que seja) controlar uma tecnologia tão poderosa quanto a IA? A proposta dele não foi aceita, mas o recado ficou claro: tem gente apostando tudo pra controlar o futuro da inteligência artificial.
Mark Zuckerberg: IA nos nossos relacionamentos digitais
O criador do Facebook (agora Meta), Mark Zuckerberg, também está mergulhado no mundo da IA. Ele acredita que a próxima grande onda vai ser a de avatares inteligentes e assistentes pessoais, que vão conversar com a gente, nos ajudar nas tarefas e até interagir em nome da gente no metaverso.
A visão dele é mais voltada pro lado social da IA — mas também vem acompanhada de polêmicas sobre privacidade, uso de dados e influência sobre as decisões das pessoas. Afinal, quando algoritmos sabem mais sobre nós do que a gente mesmo… onde traçamos o limite?
E a gente com isso?
Pode parecer que essas conversas estão acontecendo em um universo muito distante do nosso. Mas não estão.
Essas pessoas influenciam leis, investimentos, tendências… e tudo isso impacta diretamente a nossa vida: no trabalho, na escola, nos serviços que usamos e até na forma como nos relacionamos com outras pessoas.
Enquanto alguns bilionários defendem o uso da IA com responsabilidade e foco no bem comum, outros estão de olho no poder e nos lucros que ela pode trazer. Por isso, a pergunta que a gente precisa fazer não é só “o que eles estão dizendo”, mas sim:
Que tipo de futuro com IA a gente quer construir?
Essa conversa não pode ser só dos bilionários. A gente — como sociedade — precisa estar presente nessa discussão. Porque, no final das contas, a tecnologia é só uma ferramenta. O que vai definir o impacto dela somos nós: como usamos, como regulamos, como compartilhamos.
Se você acha que IA é um assunto “só pros outros”, é hora de repensar. Ela já está mudando o mundo — e o melhor jeito de não ser deixado pra trás é entender, participar e, sempre que possível, questionar.