Quando falamos sobre forças da natureza, poucas são tão destrutivas e impressionantes quanto os tsunamis. Esses gigantes do mar, que se formam principalmente após terremotos, erupções vulcânicas ou deslizamentos, carregam uma força capaz de mudar geografias, destruir civilizações e marcar para sempre a memória da humanidade.
E agora, vamos explorar os cinco maiores tsunamis da história, organizados do quinto até o mais impressionante de todos, não se preocupe pois todos são igualmente fascinantes. Então prepare-se para descobrir ondas colossais, histórias trágicas e curiosidades que provam como a natureza pode ser fascinante – e implacável.
5º Lugar – Lisboa, Portugal (1755): O tsunami que abalou a Europa
Em 1º de novembro de 1755, enquanto os moradores de Lisboa celebravam o Dia de Todos os Santos, a terra começou a tremer. Um poderoso terremoto de magnitude entre 8,5 e 9,0 destruiu grande parte da cidade. Mas como se não bastasse, um tsunami com ondas de até 20 metros atingiu a costa portuguesa, avançando para além do Atlântico.
Impacto:
Estima-se que 60.000 a 100.000 pessoas tenham morrido entre o terremoto, os incêndios e o tsunami.
O evento foi tão poderoso que as ondas alcançaram até a costa do Brasil.
Curiosidade:
Esse desastre influenciou até a filosofia. O pensador Voltaire mencionou o ocorrido em sua obra Cândido, refletindo sobre o sofrimento humano e questionando o otimismo exagerado da época.
4º Lugar – Krakatoa, Indonésia (1883): A explosão que virou onda
Avançando para o século XIX, temos a erupção do gigante Krakatoa, em agosto de 1883. A explosão foi uma das mais violentas da história e provocou o colapso de parte da ilha no oceano. O resultado? Um tsunami com ondas de até 37 metros, como resultado devastou vilarejos inteiros ao redor do estreito de Sunda.
Números:
Cerca de 36.000 pessoas morreram.
Posteriormente as ondas alcançaram até a costa da África, a milhares de quilômetros de distância.
Curiosidade:
A explosão foi ouvida a mais de 4.800 km de distância e lançou tanta cinza na atmosfera que o planeta experimentou pôr do sol avermelhados por meses.
3º Lugar – Japão (2011): A tragédia de Fukushima
Em 11 de março de 2011, o Japão foi sacudido por um terremoto de magnitude 9,0. Logo depois, um tsunami devastador, com ondas que chegaram a 40 metros em alguns pontos, atingiu a costa nordeste do país.
Consequências:
Mais de 18.000 mortes.
Além disso a destruição provocou o colapso da usina nuclear de Fukushima, gerando um desastre radioativo com consequências globais.
Curiosidade:
Contudo apesar dos avançados sistemas de alerta, a força do tsunami superou todas as previsões. O evento fez com que o Japão revisitasse sua política energética e sua infraestrutura costeira.
2º Lugar – Oceano Índico (2004): O tsunami mais mortal da era moderna
No dia 26 de dezembro de 2004, um terremoto submarino de magnitude 9,1 a 9,3 perto de Sumatra, na Indonésia, deu origem a um dos piores desastres naturais da história. Como resultado o tsunami resultante atingiu 14 países com ondas de até 30 metros.
Tragédia:
Estima-se entre 230.000 e 280.000 mortes.
Países como Indonésia, Sri Lanka, Índia e Tailândia foram duramente atingidos.
Curiosidade:
No entanto o impacto foi tão grande que alterou a rotação da Terra e encurtou o dia em frações de segundo. O evento também levou à criação de sistemas internacionais de alerta de tsunamis. Pense no quão bizarro e catastrófico um tsunami tem que ser para fazer alterar a rotação da Terra.
1º Lugar – Lituya Bay, Alasca (1958): A onda mais alta da história
Por fim, chegamos ao tsunami mais impressionante em termos de altura. Em 9 de julho de 1958, um terremoto de magnitude 7,8 causou um gigantesco deslizamento de terra dentro da baía de Lituya, no Alasca. Esse deslizamento gerou uma onda que atingiu impressionantes 524 metros de altura – a mais alta já registrada.
Detalhes:
Apenas 5 pessoas morreram, pois a área era pouco habitada.
As árvores foram arrancadas e barcos foram arremessados centenas de metros acima do nível do mar.
Curiosidade:
Embora tenha ocorrido em um local isolado, esse evento é estudado até hoje como um megatsunami, consequentemente servindo de alerta para regiões costeiras com terrenos instáveis próximos ao mar.
Conclusão: A fúria do mar e a lição da história
Esses tsunamis, cada um à sua maneira, mostram como a natureza pode ser majestosa e devastadora ao mesmo tempo. Embora tenhamos avançado muito em prevenção e monitoramento, a história nos ensina que acima de tudo devemos respeitar o poder do planeta e estar sempre preparados.